segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A resistência do Comandante

Qualquer operação, por muito bem planeada que seja, nem sempre resulta bem. Às vezes, é preciso partir para um plano B, outras até para C. Quem esteve na Guerra sabe que nem sempre se ganham todas as batalhas e que o inimigo espreita e ataca de forma inesperada; às vezes, as emboscadas ardilosamente encapotadas, provocam danos profundos; outras vezes, quando detectadas a tempo, consegue-se evitar o obstáculo. Em qualquer das situações, um bom operacional não desiste e vai sempre à luta.
Há uns meses largos, o comandante travou algumas batalhas de cariz diferente. Um problema prostático levou-o a uma intervenção cirúrgica e ao tratamento de sessões diárias de radioterapia, quarenta no total. Para fazer essas sessões tinha que se deslocar 100 quilómetros da cidade de onde vive para a cidade de Londrina (Brasil) ou seja : todos os dias tinha que fazer 200 quilómetros e no regresso ainda ia trabalhar!
Após aqueles tratamentos, houve uma avaliação trimestral; e depois disso, ainda teve de ser intervencionado. Era um cancro que desta vez ficou limpo e curado. Fará uma vigilância distanciada, anual. Tudo isto e para quem já pisou a casa dos setenta é obra e é preciso muita resistência. Foi uma grande vitória do comandante. Esse comandante chama-se Alberto Manuel Barreto Pascoal Rodrigues!
Um exemplo e uma recomendação para todos nós: vale sempre a pena lutar.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Balada de Outono

Há quatro anos, no 1º Encontro do DFE4, em cerimónia religiosa celebrada na Capela da Escola de Fuzileiros, dizia o Frei Paiva Boléo, a propósito do nosso Encontro 40 anos depois: …Nós não somos da brigada do reumático, embora já possa existir algum reumático … dando ele conta de já ter algum. Poder-se-á perguntar o que é que isto tem que ver com o título deste post? Tem. O Outono faz parte de uma das estações do ano e estamos agora a passar por ela … Quanto a Balada é um canto, musicalmente melodioso, que não tem necessariamente de ser triste e pode ser muito belo como a Balada de Otõno de Joan Manuel Serrat que, para quem quiser ouvir, tem o YouTube aqui ao lado.
Comentava a «avozinha» - eu prefiro chamar-lhe Regina - que «envelhecer é o preço que pagamos por estarmos vivos» ao mesmo tempo lembra as loucuras da juventude em que o pensamento contrastante parece negar essa afirmação: «…numa idade em que nós imaginávamos que seríamos eternamente jovens.». Racionalmente, não posso estar mais de acordo com esse pensamento. Emocionalmente, perco a noção do tempo e da própria realidade ou então, é o meu subconsciente que não aceita! Para mim, continua a ser Verão e prefiro o que escreve a letra do refrão da canção popular do brasileiro Zeca Pagodinho: Deixa a vida me levar…
A conclusão do comentário da Regina é uma mensagem positiva que vale a pena acolher: «o segredo para que esta caminhada seja uma coisa divertida é fazer de cada dia um bom dia, mantendo em actividade o corpo e o espírito, e já agora não olhar muitas vezes para o bilhete de identidade…»
Regina
, já agora, um pedido: Não deixe de visitar ou de comentar blogues mesmo que reportados a fuzileiros, como é caso.