segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Encontro com o Filipe ou moço de Quelfes-II

Continuação...


Terminada a refeição, fomos visitar o «Ramos/António Ramos Gago»» e não Silva como referi inicilamente, também fuzileiro (casado com uma prima do Filipe) que, por motivo de ter sofrido um acidente no curso de fuzileiros especiais, não seguiu connosco para Angola no DFE-4; seguiu mais tarde integrado no 6º Destacamento. Daqui, fomos para Faro aonde o Quelfes tem um apartamento num dos últimos andares com uma vista panorâmica belíssima para a cidade, conforme imagem que aqui se publica. Por fim, fomos ainda beber um copo e conversar um pouco mais!...
Lembramos alguns dos antigos camaradas do DFE-4; o percurso de vida de uns e da carreira militar de outros. O Filipe, que fez 3 Comissões em África, chegou a cabo aos 22 anos e poderia ter uma carreira promissora… Mas, segundo ele, nunca gostou muito da classe de sargentos e, pelos vistos, não gostaria de passar por ela! Coisas do Quelfes… Em França, ainda chegou a encontrar-se com o Alex – José Alexandre Ferreira, 16 446 - e o Bento de Sousa, ambos falecidos. O Fernando, muito recentemente.
Foi um encontro agradável e espero que da próxima vez o possamos alargar a outros antigos companheiros. É um desejo concretizável…

domingo, 30 de agosto de 2009

Encontro com o Filipe ou moço de Quelfes


Na sequência de alguns e-mails trocados com o Filipe (Manuel Filipe da Cruz Viegas, mais conhecido entre nós pelo nome de moço de Quelfes…) concluí facilmente que ele estava no Algarve. Depois, pelo teor de uma das suas mensagens seguintes, em que me confirmava estar para breve o início do seu período de trabalho com a apanha da «alfarroba, amêndoa e capinagem…»; não seria certamente em Paris, onde reside, que iria trabalhar destarte!
Depois do nosso regresso do Canadá (meu e da minha mulher) e de umas férias maravilhosas com o casal Maduro (Agostinho e Mimi), fomos passar três dias ao Algarve. De Portimão, telefonei ao nosso amigo Filipe e marcámos encontrarmo-nos. Assim aconteceu, fomos ter com ele a Quelfes - uma freguesia pertencente ao concelho de Olhão e distrito de Faro - sua terra natal. Após alguns contactos pelo telemóvel, até lá chegarmos, alcanço a figura do «Quelfes» na estrada; não sendo uma surpresa, porque contava com isso, reconheci-o de imediato! Não digo que ele está na mesma porque, na verdade, desde o nosso regresso de Angola, em 1965 que não nos voltámos a ver mais! Passaram-se 44 anos mas ainda assim reconheci-o muito bem… Abraçamo-nos, com sentimento, e começamos logo a conversar… Mostrou-nos a sua propriedade, do outro lado da rua: uma grande moradia cercada e rodeada com árvores de fruta. Eram bem horas de almoço e como havíamos acordado, fomos a Olhão almoçar e o prato era rodízio de peixe. Uma autêntica maravilha! Nunca tinha comido uma variedade de peixe tão gostosa como aquela. Continuamos a nossa conversa ao sabor da comida e da bebida, naturalmente, acompanhada com vinho da região…

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Canadá e as férias com o casal Maduro


Há muito que o amigo Agostinho Maduro, e esposa, nos tinham convidado para passar umas férias com eles no Canadá. Inicialmente, visitar o Canadá não era uma prioridade, mas a expectativa de reviver e partilhar momentos da vida com um antigo camarada fuzileiro, e amigo de sempre, era uma tentação. Esta foi a grande motivação.
Havia passados 40 anos, até que - graças ao Almada - em Março de 2005 se realizou o 1º Encontro do Destacamento de Fuzileiros Especiais, nº 4 (Angola 1963/65) e com ele a vinda do casal Maduro a Portugal; esta viria a repetir-se no 3º Encontro de Abril de 2008.
Entretanto, o tempo encarregou-se de triplicar as nossas idades e de as preencher com as experiências vividas. Do meu ponto de vista, o seu historial é interessante e faz sentido a retrospectiva e partilha. Os quinze dias vividos em Casa dos Maduros foi tudo isso e muito mais… Mostrou-nos que o Canadá, além de ser um grande País é um País grande (dos maiores, ou o maior País do mundo): jovem, multicultural e rico; é de uma beleza extraordinária não só aquela criada pela arte e engenho humanos ( CN Tower, Skylon Tower…) como aquela doada, generosamente, pela própria natureza. Niagara Falls, os Lagos e as Mil Ilhas, são um exemplo!
A educação e o civismo despertaram-nos, desde logo, a nossa atenção. O atendimento, em qualquer serviço (público ou privado) é de cinco estrelas: tanto para quem pede uma informação ou esclarecimento como para quem o presta. Amiúde, surge um sorriso e sempre um obrigado (thank you…). As regras de trânsito são mesmo para cumprir e os limites de velocidade, tolerância zero, ou melhor, não há tolerância. Também não há contemplações para o infractor: este sujeita-se a ficar sem carta, pagar as multas e ainda acumular pontos negativos por cada transgressão cometida … O álcool é interdito fora de portas…
Os passeios dados foram o máximo e as visitas realizadas abrangeram os pontos mais interessantes de Toronto, capital da Província de Ontário, bem como da cidade de Ottawa, capital do Canadá . Tudo bem planeado pelo Casal e com a condução controlada pelo Agostinho Maduro e às vezes com o auxiliar GPS. Valeu!
Concluindo: foi uma combinação perfeita que associou a nossa amizade a um belo e acolhedor País chamado Canadá.
Obrigado!
Thank you!

Fuzileiro para sempre…



Realizou-se ontem o funeral do nosso amigo e filho da escola Fernando Bento de Sousa, que teve as tradicionais cerimónias religiosas, seguindo depois o corpo para o cemitério dos Montes, em Alcobaça, acompanhado por familiares e amigos, incluindo os companheiros do DFE4, em sua simbólica representação. São sempre momentos de tensão e forte emoção. A mim, o que mais me emocionou foi quando a esposa - ora viúva - se levantou da cadeira e se aproximou de mim dizendo: venha ver uma coisa, segui-a e por indicação sua, aproximei-me mais da urna e e então reparei que do lado direito da cabeça do Fernando estava a colocada a boina de fuzileiro especial, impecavelmente dobrada. Comovi-me mas não consegui dizer nada…
Pensei depois no grande orgulho que Fernando Bento de Sousa, durante toda a sua vida, terá sentido em ter sido Fuzileiro (e ter servido o País…). Sim, uma vez fuzileiro, fuzileiro para sempre…

sábado, 15 de agosto de 2009

Falecimento



É com grande pesar que comunico a todos os filhos da escola e amigos, o falecimento de Fernando Bento de Sousa, que pertencia à recruta de Março de 1962 e que após a conclusão do curso de fuzileiro especial, integrou o DFE4 e seguiu em Comissão para Angola, período de 1963-65. Era da Secção D e fazia parte da esquadra do António Piriquito.
A morte é sempre uma realidade difícil de encarar por todos nós e mais ainda entre familiares e amigos; mesmo quando o sofrimento é doloroso, como terá sido o caso.
Para o filho Hélder de Sousa, sua mãe e família, a minha solidariedade e pesar de sentidas condolências.
Amigo e camarada, que descanses em paz.

Recordando
1- Foto ano 2005 ( 1º Encontro DFE4)
2 - António Piriquito, Faias e Bento de Sousa
3- Júlio Santo, Bento de Sousa e Álvaro Dionísio ( da esquerda para direita em cima).