quinta-feira, 8 de abril de 2010

A Marinha e os Fuzileiros em África


6. Guiné – 1963
Em Janeiro de 1963 os insurrectos atacam o aquartelamento de Tite usando pela primeira vez o uso de pistolas-metralhadoras e granadas de mão e efectuavam emboscadas na região de Bedanda. Entretanto, no final de Janeiro chegou a Bissu a LDP 103 e em Fevereiro de 1964 a fragata Nuno Tristão que rende o contratorpedeiro Vouga.
O Comandante – Chefe da Guiné não tinha ainda uma percepção da especificidade dos Fuzileiros que estavam a ser empregues em tarefas inadequadas à sua especialidade. Essa situação foi objecto de informação ao Chefe de Estado-Maior da Armada e redireccionada depois para o Secretário-Geral da Defesa Nacional.
Em Março, um grupo de guerrilheiros apoderam-se dos navios Mirandela e Arouca perto de Cafine.
As acções de violência surgem a sul da região. O DFE2 era a única força de Fuzileiros à data, fortemente empenhada em ligação com os meios navais e as forças terrestres, apoiando o desembarque das Companhias do Exército.
Em Maio de 1963 dá-se a colisão de dois aviões na região de Catió tendo um dos pilotos morrido e o outro sobrevivido ao conseguir aterrar de emergência na bolanha, próximo da Tabanca Tombali. Este piloto que sobreviveu era o sargento Lobato que, depois de maus tratos infringidos pelos guerrilheiros acabou preso numa das prisões da Guiné-Conacri durante sete anos. Só em 1970 foi libertado, melhor dito resgatado, pela maior operação da história da Guerra em África, a «Operação Mar Verde».
O agravamento da situação de guerrilha na Guiné acusava a escassez de meios. Muitas das intervenções do DFE2 era reforçada por um pelotão constituído pela força de desembarque da fragata Nuno Tristão e por pelotões da Companhia de Fuzileiros (CF) nº 3 chegados à Guiné sob o comando do 1º Tenente Alexandre de Carvalho Wandschneider.
Formação da CFE3:
Oficiais
1TEN - Alexandre de Carvalho Wandschneider.
1TEN – Fernando Bernardo Pinto
2TEN FZ RN – Manuel Hernâni Barros Gomes de Vallera
STEN FZ RN – António Fernando Salgado Soares
STEN FZ RN – Bernardino António Dias de Oliveira
STEN MN – Fernando Benedito Anders
Sargentos
SAJ FZ – António Nobre Carlos
1SAR FZ– António Serras Lobato
1SAR FZ – Abel Machado Barbosa
1SAR H FZ – Manuel Vitorino
1SAR TF – Manuel Gonçalves Carvalho
2SAR TF – João Luís Gil
2SAR FZ – Valentim Manuel Almeida da Guia
2SAR FZE – Cecílio José Ferreira Aguião
2SAR FZE – Manuel André Pinho
Praças
4- Cabos FZ, 1 Marinheiro FZ, GR FZ 64 e 12GR FZ.

Operação TREVO
A situação em Darsalame, a sul da Guiné era referida pelo Comandante da Defesa Marítima como fortemente minada pelo IN. Esta operação foi desencadeada em Novembro de 1963 com o apoio da fragata Nuno Tristão e com a actuação conjunta dos Destacamentos DFE7 e DFE8. Estes tinham ordens para desembarcar em na península a sul do Cubisseco e ocupar Darsalame. A operação teve a duração de quatro dias e os objectivos foram atingidos com alguns feridos com gravidade.
O DFE7 chegou a Bissau em 10 de Outubro de 1963 a bordo do navio Niassa.
Formação dos seus efectivos:
Oficiais
1TEN – João José de Freitas Ribeiro Pacheco
2TEN – Alexandre Cunha Reis Rodrigues
STEN FZE RN – Emídio Pedro Águeda Serrano
Sargentos
2SAR IE - Manuel Calado Cordeiro
2SAR H FZE José Manuel dos Santos Sequeira
Praças
Cabos -5, Mar – 8, 1GR – 26, 2GR – 38.
O DFE8 chegou a Guiné Bissau em 4 de Novembro de 1963 a bordo do NRP Vouga.
Efectivos:
Oficiais
1 TEN – Guilherme Almor de Alpoim Calvão
2 TEM – José Manuel Malhão Pereira
STEN FZE RN – Abel Fernando Machado de Oliveira
STEN FZE RN – José Luís Couceiro
Sargentos
2SAR FZE – José Lopes Pereira
2SARG FZE – Manuel Alves
2SAR FZE – Manuel da Costa André
2SAR – Júlio Francisco Simão
2SAR H FZE – José Manuel Santos Maria Calado
1SAR – António Augusto Fidalgo
1 SAR – H FZE – José Romão Nisa
Praças
Cabos FZE -1, MAR FZE 13, 1GR FZE – 70.

3 comentários:

  1. vim aqui visitar-te

    tudo de bom para ti a familia

    obrigado sempre pelos teus emails


    um abraço Braulio!!

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  2. Camarada, realmente valeu a pena rever muitas das fotos do seu blog. Quem esteve ou nasceu em africa não esquece, nem deixa de sentir durante o sono, o cheiro caracteristico das terras africanas.
    Um abraço
    bom trabalho
    Mendescabaço

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  3. Boa noite, sou de Minas Gerais/Uberaba/Brasil e fiquei feliz em ver citado o nome de alguem que convivi aqui José Maximo Simões de Brito e Castro.A familia dele ainda vive aqui ele trabalha em Portugal, foi meu diretor por 12 anos em um frigorifico de aves do grupo pão de açucar, caso queiram poderei entrar em contato com a familai dele, caso queiram telefone.beijão em todos
    margarida (margarida_old@hotmail.com)

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