segunda-feira, 5 de abril de 2010

A Marinha e os Fuzileiros em África

5.Guiné
Teatro das Operações. Zonas militares
As zonas militares compreendiam:
O litoral, da costa a norte para sul: Cuntima, Jumbembem, Porto Gole, Xime, Xitole e Aldeia Formosa e
O interior para leste até às fronteiras com o Senegal e a Guiné – Conacri.
Durante a guerra quer do lado português quer do PAIGC, o território da Guiné dividia-se em três zonas, separando o litoral em Norte e Sul pelo rio Geba. Assim:
· Zona norte – São Domingos (fronteira), Farim, Teixeira Pinto (Canchungo), Oio-Morés e Bissau;
· Zona sul – Fulacunda (Quinara), Cubisseco, Catió-Cantanhez, Quintafine (fronteira);
· Zona leste – Bafatá, Gabu (Nova Lamego), Medina - fronteira norte (Pirada), fronteira leste (Buruntuma).
População e intervenção bélica
Segundo Aniceto Simões/Carlos de Matos Gomes (in Guerra Colonial), as etnias Balantas e os Mandingos foram os que mais apoiaram o PAIGC enquanto os Fulas os maior colaboração prestaram as autoridades portuguesas. Os “Papeis” em menor número, 7,2 % (ilha de Bissau), desempenhavam um papel importante de dirigente do PAIGC.
O papel dos portugueses na Província da Guiné foi fraco dado o seu interesse económico e a insalubridade do clima. A execução da administração colonial era feita pelos cabo-verdianos. Os poucos quadros existentes da administração do território circunscreviam-se às grandes empresas, a maior das quais se identificava com CUF - a Casa Gouveia.
Durante o desenrolar da Guerra na Guiné é usual demarcar-se dois períodos distintos tendo como protagonistas Amilcar Cabral e António Spínola. A fase antes de Spínola de 1963-1968 e com Spínola no período de 1968-1973.
Para Aniceto Simões (op.cit p.), as operações militares na Guiné teve o seu início no ano de 1963 apesar de anteriormente ter ocorrido acções anticoloniais. Na verdade, conforme escreve Sanches de Baena, a situação da Guiné começava a preocupar em finais de 1962, tendo o Comando de Defesa Marítima alertado as Unidade Navais e os Fuzileiros para os vários focos de aliciamento das populações na zona sul. O 1º tenente Vasconcelos Caeiro foi ferido em combate num pé tendo por isso sido evacuado e rendido pelo 1º tenente Mário Augusto Faria de Carvalho.

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