quarta-feira, 31 de março de 2010

A Marinha e os Fuzileiros em África

4.GUINÉ

A Guiné era a mais difícil e mais complicada dos três teatros de operações. Foi também aquela província que maior grau de importância atingiu para a Marinha quer do ponto de vista táctico quer estratégico. Cerca de 80% dos efectivos neste território movimentava-se por mar ou via fluvial. Nos finais da guerra, quando o trânsito por estrada se tornou ainda mais complicado, a percentagem por via aquática elevou-se para 85%. Esta forma de mobilidade e transporte através dos rios e braços do mar era igualmente importante para o PAIGC. Tal como em Angola, a missão das forças navais consistia em dominar as linhas de comunicação por mar, pela costa e pelas vias fluviais e apoiar o exército e as populações com a capacidade dos seus meios de transporte marítimo e projectar fogo para terra.
A Marinha correspondeu a esse objectivo em combinação com as Lanchas de Fiscalização, de Desembarque e os fuzileiros que, desse modo reduziu a acção do PAIGC ao dificultar o acesso de entrada no território
A luta na Guiné
Em 6 de Junho de 1962 chegou à Guiné o DFE2, transportados em dois voos da Força Aérea Portuguesa para o aeroporto de Bissalanca. O pessoal do Destacamento ficou aquartelado nas Instalações Navais de Bissau.
Formação do DFE2:
Oficiais:
1º TEN - Pedro Manuel de Vasconcelos Caeiro (comandante)
1º TEN – Mário Augusto Faria de Carvalho
STEN - Adolfo Esteves
STEN SEF – António Carlos Samões
STEN FZE RN – José Luís Couceiro
Sargentos:
2SAR FZE – Manuel Antunes Pereira
2SAR H FZE – Amélio da Silva Cunha
2SAR FZE – Joaquim Cotovio Aires
2SAR FZE – Inácio Augusto Paulos
2SAR FZE – Ludgero dos Santos Silva (Piçarra).
Praças

3- Cabos FZE
4 - Marinheiros FZE
1GR FZE - 33
2GR - 31
O comandante chefe das Forças Armadas da Guiné era o brigadeiro Loureiro de Sousa e o Governador da Província o capitão-de-fragata Vasco António Martins Rodrigues. Nessa altura a Guiné contava com os seguintes meios navais:
· Um contratorpedeiro Vouga, a partir de Dezembro de 1962;
· Um navio hidrográfico – Pedro Nunes;
· Três lanchas de fiscalização da classe “Bellatrix”
· Duas lanchas de desembarque pequenas;
· As embarcações Formosa, Corubal e Pecixe ao serviço da Marinha

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