Angola
Companhia de Fuzileiros nº 1 (CF1)
Foto retirada do Livro II de Sanches de Baêna – Fuzileiros/Crónica dos Feitos de Angola
Em 31 de Maio de 1962 chega a Luanda a Companhia de Fuzileiros nº 1 (CF1), comandada pelo 1º tenente Joaquim Alberto Pires Dias, os 2ºs tenentes António Luciano de Sá Homem de Gouveia e Eduardo Augusto de Vilhena Magalhães Crespo e quatro subtenentes FZE da Reserva Naval: José Máximo Simões de Brito e Castro, Humberto Jorge Santana, Manuel Garrido Pais da Silva e José de Almeida e Costa Cardoso Moniz. Um dos oficiais era médico. Na classe de Sargentos:
Acácio Miguel da Conceição (1º Sarg FZ);
Celestino de Freitas Moreira (2Sarg L);
José da Costa (2Sar C);
Júlio Pardal Troeiro (2Sar FZ);
Manuel Marques Gaspar (2 Sar FZ);
Manuel A. de F. Garrido Silva (2 Sar C);
Francisco Beirante Roldão (2 Sarg FZ);
Salvador da Assunção Caldeira (2Sar FZ),
Valentim Carlos de Oliveira (2Sarg H).
Em 31 de Maio de 1962 chega a Luanda a Companhia de Fuzileiros nº 1 (CF1), comandada pelo 1º tenente Joaquim Alberto Pires Dias, os 2ºs tenentes António Luciano de Sá Homem de Gouveia e Eduardo Augusto de Vilhena Magalhães Crespo e quatro subtenentes FZE da Reserva Naval: José Máximo Simões de Brito e Castro, Humberto Jorge Santana, Manuel Garrido Pais da Silva e José de Almeida e Costa Cardoso Moniz. Um dos oficiais era médico. Na classe de Sargentos:
Acácio Miguel da Conceição (1º Sarg FZ);
Celestino de Freitas Moreira (2Sarg L);
José da Costa (2Sar C);
Júlio Pardal Troeiro (2Sar FZ);
Manuel Marques Gaspar (2 Sar FZ);
Manuel A. de F. Garrido Silva (2 Sar C);
Francisco Beirante Roldão (2 Sarg FZ);
Salvador da Assunção Caldeira (2Sar FZ),
Valentim Carlos de Oliveira (2Sarg H).
Na classe de praças, 9 cabos, 12 marinheiros e 106 Grumetes, se não me enganei a contar a tabela fornecida pelo Livro de Sanches de Baena.
Neste Período, o general Deslandes, Comandante-Chefe expressa a vontade de intensificar a vigilância fronteiriça através da construção de uma via de comunicação: rede terrestre associada as fluviais ao longo dos rios com o objectivo de barrar a penetração dos grupos de gurreilheiros vindos do Congo. Uma das preocupações das autoridades portuguesas quando a guerra de subversão rebentou no Norte de Angola foi evitar o êxodo das populações da região do Uije, principalmente as acções intimidatórias por parte dos insurrectos. Para o efeito, era preciso criar condições a milhares de nativos que se apresentavam as autoridades nacionais, ou seja: instalá-los e dar-lhes condições de vida e de trabalho. Esta preocupação levou o Governador do Distrito de Uije, à época tenente-coronel Rebocho Vaz, a promulgar um diploma legislativo (Maio/62), criando em Angola quatro zonas-pilotos, tendo assim fundado 55 novas povoações na subzona a norte e 78 na sub-zona a sul do distrito de Uije. Cada uma das povoações com avenidas e arruamentos transversais e com divisão de espaços em talhões destinados a habitação do agregado populacional. A povoação era constituída por um centro cívico, uma escola, um posto sanitário, uma capela, cooperativa e loja.
O Comando Naval, então comodoro Mexia Salema, apresentou um plano designado como Dispositivo Detentor da Frente Fluvial do Zaire (DDZ) que apontava para a instação de três postos fixos entre Nóqui e a Pedra do Feitiço, depois acrescido de um outro na ilha de Quissanga. A concretização deste dispositivo compreendia algumas lanchas de 30 toneladas e outras ligeiras.
Em Julho/1962 havia alguns pelotões da CF1 instalados num acampamento improvisado com panos de tenda e o apoio de soldados nativos da fragata Pacheco Pereira, dos navios-patrulha Príncipe, Santiago, Madeira, Sal, São Vicente e São Tomé que empenhadamente levaram a cabo a árdua tarefa da construção dos postos do Puelo, Macala e Tridente.
O 3º Pelotão da CF1 constrói o posto do “Puelo”, o 2º Pelotão o da “Macala” e o 1º Pelotão encarregou-se da construção do “Tridente”.
A este propósito, todos os Destacamentos de Fuzileiros que passaram por estes postos acrescentaram algo mais, melhorando as condições de permanência neles. A testemunhá-lo, dá-nos conta a inscrição e deixada no Posto da Macala pelo DFE4 (1963-65), inspirada de forma poética:
A Companhia nº 1
Este posto começou
o 1º Destacamento
a obra continuou
O 3º com afinco
Para que nada faltasse
Fez com o que o 4º e o 5º
O trabalho não parasse
O 6º vendo isto
A obra não quis parar
Para lembrar aos que vêm
O valo do trabalhar
E tu que vens e não sabes
O trabalho que isto deu
Continua e não pares
E faz versos como eu.
Fernando Caseira (Póvoa)
A outra parte do CF1 permaneceu em Luanda assegurando a protecção à Estação Rádio Naval de Belas. Os pelotões rodavam entre si periodicamente. Alé da construção dos Postos, o pessoal da CF1 fazia patrulhamento no rio e em terra. Usavam os botes de borracha Zodiac e os motores Johnson e Envirude.
Os cais dos postos fluviais construídos no rio Zaire foram colocados os nomes dos seus navios: Cais Madeira, Cais Santiago e por aí fora…
Os postos foram concluídos até ao final de 1962:
· Posto do Puelo – 15 de Agosto;
· Posto da Macala – 30 de Setembro;
· Posto da Quissanga – 6 de Dezembro;
· Posto do Tridente – 22 de Dezembro.
A Pedra do Feitiço – base fluvial de patrulha -, até então guanecida apenas com efectivos do Exército, foi também construída em Dezembro.
Após a construção dos postos, a CF1 regressa a Luanda, sendo substituída no Zaire pelos Destacamentos de Fuzileiros Especiais.
A outra parte do CF1 permaneceu em Luanda assegurando a protecção à Estação Rádio Naval de Belas. Os pelotões rodavam entre si periodicamente. Alé da construção dos Postos, o pessoal da CF1 fazia patrulhamento no rio e em terra. Usavam os botes de borracha Zodiac e os motores Johnson e Envirude.
Os cais dos postos fluviais construídos no rio Zaire foram colocados os nomes dos seus navios: Cais Madeira, Cais Santiago e por aí fora…
Os postos foram concluídos até ao final de 1962:
· Posto do Puelo – 15 de Agosto;
· Posto da Macala – 30 de Setembro;
· Posto da Quissanga – 6 de Dezembro;
· Posto do Tridente – 22 de Dezembro.
A Pedra do Feitiço – base fluvial de patrulha -, até então guanecida apenas com efectivos do Exército, foi também construída em Dezembro.
Após a construção dos postos, a CF1 regressa a Luanda, sendo substituída no Zaire pelos Destacamentos de Fuzileiros Especiais.
“Ferrolho”, Plano de Operações. Esta foi a designação dada para este Plano que consistia em atribuir uma força de guarnição e intervenção a cada um dos postos: força de base, de assalto e reforço, com uma ou duas secções de DFE e dois botes de borracha (pneumáticos), um grupo de patrulhas, inicialmente formado por duas lanchas de 30 toneladas (idem, Sanches de Baêna, p. 40 ss) .
O DFE 3 chega a Luanda em 29 de Agosto de 1962. É composta por três oficiais mas não trazia Comandante. A rotação entre oficiais é feita em Angola. O subtenente mais antigo, Abrantes Serra, é destacado para o DFE1 por troca com o Imediato deste – 1º tenente Luís Fernando Camós de Oliveira Rego, que passou a exercer o comando do DFE3.
Formação inicial do DFE3:
2SAR FZE – Manuel Lúcio Venâncio;
2 SAR FZE – Mário José Batista Claudino.
Praças: 13 cabos FZE, 34 marinheiros FZE, 24 Grumetes.
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