domingo, 28 de março de 2010

A Marinha e os Fuzileiros em África

3. GUINÉ
Subversão na Guiné e o surgimento de partidos e movimentos de guerrilha. Siglas, seu significado e cronologia:
P.A.I. – Partido Africano para a Independência da Guiné – Fundado por Amílcar Cabral, anterior a 1957. Este partido antecedeu o P.A.I.G.C. (Partido par a Independência Africana da Guiné e Cabo Verde);
M.A.C. – Movimento Anti-Colonilista (dado como extinto em Tunes, em Janeiro de 1960, por ocasião da II Conferência dos Povos Africanos). Deu por sua vez origem ao F.R.A.I.N. – Frente Revolucionária Africana para a Independência Nacional das Colónias Portuguesas. Esta organização englobava os movimentos conhecidos por P.A.I.G.C.., M.P.L.A. e a U.P.A. Foi extinto em Abril de 1961 para aparecer com a designação de C.O.N.C.P. (Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas). Este movimento resultou de uma associação dos vários movimentos existentes para conseguirem a “Independência Nacional das Colónias Portuguesas”, designação dada após várias alterações anteriores.
M.L.G.C. – Movimento de Libertação da Guiné e Cabo Verde. Este partido dividiu-se em dois porque os naturais da Guiné (cerca de 60 mil residentes no Senegal) não desejavam qualquer associação com os cabos-verdianos e desse modo surgiu o M.L.G.
M.L.G. – Movimento de Libertação para a Guiné – organização constituída quase exclusivamente por manjacos. Este movimento tinha por chefe François Mendly, estudante de Direito, de descendência manjaca, nascido no Senegal e que cumpria serviço militar no Exército francês. A organização estav dividida em duas pois tinha uma filial em Coanakry (M.L.G. – Conakry) e uma outra delegação, embora rudimentar, em Bissau (M.L.G. – Bissau), segundo revelação do jornal “ Le Monde Diplomatique” , em Agosto de 1963.
U.P.L.G. - União Popular para a Libertação da Guiné dita Portuguesa. Este movimento enquadrava alguns fulas residentes no Senegal.
R.D.A.L. – Reagrupamento Democrático Africano para a Libertação da Guiné dita Portuguesa. Esta organização integrava os mandigas existentes no Senegal.
U.P.G. – União das Populações da Guiné dita Portuguesa. Esta associação apareceu depois da dissolução do M.L.G.C. e tinha uma secção formada por naturais da Guiné, em Kolda, província senegalesa do Casamansa.
U.G.G. – União Geral dos Trabalhadores Guineenses – de carácter sindicalista com uma secção do P.A.I.G.C..
U.N.G.P. Alguns elementos do M.L.G. – Bissau e do U.P.G. aderiram ao U.N.G.P., mas o “comité” da Organização da Unidade Africana considerou-o como movimento que efectivamente não combatiam a presença portuguesa. Após a decisão da O.U.A., a U.N.G.P. viu decair a sua importância.
Alguns daqueles movimentos não chegaram a lutar (a M.A.C., o F.R.A.I.N. e o C.O.N.C.P.), tendo ficado o P.A.I.G.C. por dispor de maior força na Guiné, fundado em 1956, chefiado por Amílcar Cabral.

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