quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A Marinha e os Fuzileiros em África

Plano Naval

O plano naval no seu conjunto foi afectado pelos ajustamentos da política nacional e teve de ser adaptado para a “guerra contra-subversão de África”. Os navios da Marinha de Guerra Portuguesa existentes não tinham sido concebidos para África e não correspondiam às necessidades de combate em rios. A maior parte deste material (Contratorpedeiros, Corvetas, Patrulhas, Lanchas de Fiscalização e de Desembarque…) foram adquiridos à França, Alemanha e Estados Unidos. No fundo, tinham sido navios e embarcações concebidas e construídas para as operações anfíbias da 2ª Guerra Mundial e que foram adaptadas para operar em águas dos interiores e fluviais. Isso aconteceu com os franceses no Viet Minh e mais tarde, em 1965, com os Estados Unidos.
É interessante, a referência no Livro de John P. Cann ( A Marinha em África…), página 70, alusiva ao Vice-Almirante Sachetti, a propósito da “Estratégia Emergente”, passo a citar: “ Logicamente seria de esperar que os vários planos navais fossem um reflexo da política e da estratégia naval portuguesa e decorreriam destas. Tal não era o caso, porque não havia quaisquer documentos formais que os descrevessem. Sem estas linhas mestras, a composição da esquadra proposta tornava-se sujeita a um qualquer número de variáveis. Como Saccheti referiu justamente, a definição de uma estratégia concertada e a sua evolução é muitas vezes o resultado de uma análise subsequente que explique o que aconteceu e porque aconteceu em vez de ser um processo estabelecido para guiar para actividades futuras”.

3 comentários:

  1. Verdade que os Fuzileiros eram parte integrande da Marinha, estavam totalmente integrados e tinham essa cultura. Quando um Filho da Escola se decidia, mesmo depois de ter embarcado e passava para Fuzileiro,, a integração era feita sem sobressaltos,a linguagemCultural e Humana eram iguais por isso não estranha nem é novidade que o relacionamento entre todas as outras especialidades, Radarista, telegrafista Sinaleiro,Fogueiro et. etc., o nosso convívio e as nossas tomadas de posições em defesa dos nossos interesses, eram comuns e indivisiveis. Recordo a revolta no estádio do Restelo em futebol militar, contra a Policia Milatar, ou um levantamento de Rancho que fizemos em Metangula etc. e tal. Já quanto a Força Aerea quando esteve ligada à Marinha, as coisas não funcionaram assim.
    O Que nos une é a farada e essa é indivisivel.

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  2. Viva,Valdemar!
    Gostei do comentário.Obrigado.
    Na realidade, há uma identificação entre todos nós com a Armada/Marinha que se traduz na comunicação da linguagem entre todos os "filhos da escola" que por lá passaram.

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