FIM DA COMISSÃO E REGRESSO A LISBOA
Por fim, chegou a hora da despedida de Angola e da sua linda cidade. Por incrível que pareça, ainda não havíamos partido do Porto de Luanda e já existia uma pontinha de saudade daquela terra e suas paragens. Saudade essa que só era compensada pelo desejo de regresso à Metrópole e do reencontro com a família e amigos.
Quando embarcamos no navio S. Gabriel tivemos que depositar as armas e este foi um momento de vazio. Uma sensação de estarmos despidos. A arma que nos acompanhou ao longo de dois anos (G-3), e com a qual dormíamos e levávamos connosco a tiracolo, também tivemos que nos separar dela!
A viagem durou cerca de quinze dias e durante esse período fazíamos ainda o nosso serviço de vigilância nocturna, agora sem armas. A marujada a bordo esfregava as mãos de contentes com a possibilidade de contar com mais comida e bebidas. Pensaram que os fuzileiros enjoariam a bordo, comeriam pouco e não bebiam. Mas enganaram-se: Os fuzileiros comiam bem e bebiam melhor: Vinho ou cerveja o que viesse morria... As vezes, em zonas mais revoltas do oceano, as mesas inclinavam-se e os copos e pratos escorregavam de uma ponta a outra da mesa. O que valia é que as mesas já estavam apetrechadas com amparos à sua volta e os talheres eram de alumínio. Foi uma viagem divertida.
Condecorações e louvores
Conforme despacho ministerial, de 25-02-65, foi concedida a medalha Comemorativa das Campanhas do Norte de Angola, com a legenda 1963-64-65 (O.S./1ª série nº 53/16 Mar 65 do C.N.A) e o pessoal do DFE nº 4 teve um louvor colectivo o que parece demonstrar o espírito de grupo.
O Louvor é uma folhinha dactilografada e agrafada a Caderneta Militar na página 11 (Louvores) que reza assim:
Vai regressar brevemente à Metrópole, após dois anos de comissão em Angola o D.F.E. Nº 4.
Esteve atribuído ao Dispositivo Detentor do Zaire e aos Postos de Vigilância do Rio Chiloango e Lagoa de Massabi e participou nas Operações Conjuntas PRIMEIRO FUZO E SEGUNDO FUZO nos rios Cuango e Cugo
Em todas tarefas que lhe foram atribuídas comportou-se o Destacamento com excelente disciplina, entusiasmo, elevado moral e boa preparação nos empenhamentos contra o IN e muito especial nas suas acções nas duas Operações Conjuntas com forças do exército, demonstrou valentia, coragem e espírito ofensivo por forma a prestigiar a Corporação da Armada.
É-me muito grato usar das atribuições que me confere o R.D.M. para louvar os Oficiais, Sargentos e Praças do D.F.E. Nº 4 pela sua conduta exemplar em todas as suas acções na defesa da Província de Angola, de que deram tão relevantes provas ao longo da comissão que agora termina.
Do Livro de Prémios, Louvores e Recompensas do Contra-Almirante Comandante Naval de Angola, de 9/3/65.
Por fim, chegou a hora da despedida de Angola e da sua linda cidade. Por incrível que pareça, ainda não havíamos partido do Porto de Luanda e já existia uma pontinha de saudade daquela terra e suas paragens. Saudade essa que só era compensada pelo desejo de regresso à Metrópole e do reencontro com a família e amigos.
Quando embarcamos no navio S. Gabriel tivemos que depositar as armas e este foi um momento de vazio. Uma sensação de estarmos despidos. A arma que nos acompanhou ao longo de dois anos (G-3), e com a qual dormíamos e levávamos connosco a tiracolo, também tivemos que nos separar dela!
A viagem durou cerca de quinze dias e durante esse período fazíamos ainda o nosso serviço de vigilância nocturna, agora sem armas. A marujada a bordo esfregava as mãos de contentes com a possibilidade de contar com mais comida e bebidas. Pensaram que os fuzileiros enjoariam a bordo, comeriam pouco e não bebiam. Mas enganaram-se: Os fuzileiros comiam bem e bebiam melhor: Vinho ou cerveja o que viesse morria... As vezes, em zonas mais revoltas do oceano, as mesas inclinavam-se e os copos e pratos escorregavam de uma ponta a outra da mesa. O que valia é que as mesas já estavam apetrechadas com amparos à sua volta e os talheres eram de alumínio. Foi uma viagem divertida.
Condecorações e louvores
Conforme despacho ministerial, de 25-02-65, foi concedida a medalha Comemorativa das Campanhas do Norte de Angola, com a legenda 1963-64-65 (O.S./1ª série nº 53/16 Mar 65 do C.N.A) e o pessoal do DFE nº 4 teve um louvor colectivo o que parece demonstrar o espírito de grupo.
O Louvor é uma folhinha dactilografada e agrafada a Caderneta Militar na página 11 (Louvores) que reza assim:
Vai regressar brevemente à Metrópole, após dois anos de comissão em Angola o D.F.E. Nº 4.
Esteve atribuído ao Dispositivo Detentor do Zaire e aos Postos de Vigilância do Rio Chiloango e Lagoa de Massabi e participou nas Operações Conjuntas PRIMEIRO FUZO E SEGUNDO FUZO nos rios Cuango e Cugo
Em todas tarefas que lhe foram atribuídas comportou-se o Destacamento com excelente disciplina, entusiasmo, elevado moral e boa preparação nos empenhamentos contra o IN e muito especial nas suas acções nas duas Operações Conjuntas com forças do exército, demonstrou valentia, coragem e espírito ofensivo por forma a prestigiar a Corporação da Armada.
É-me muito grato usar das atribuições que me confere o R.D.M. para louvar os Oficiais, Sargentos e Praças do D.F.E. Nº 4 pela sua conduta exemplar em todas as suas acções na defesa da Província de Angola, de que deram tão relevantes provas ao longo da comissão que agora termina.
Do Livro de Prémios, Louvores e Recompensas do Contra-Almirante Comandante Naval de Angola, de 9/3/65.
Filme sobre algumas imagens da Comissão em Angola:
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