Capítulo II
Curso de Fuzileiros Especiais
Formação e mobilização do DFE nº 4 para Angola
Curso de Fuzileiros Especiais
Sempre uma aventura. Ir para fuzileiro especial – quis a mioria de nós. Quem não fosse voluntário ou não ficasse aprovado no Curso, ficaria como fuzileiro naval. Estes efectivos, com 140 homens, formariam as Companhias de Fuzileiros e fariam igualmente Comissões no Ultramar. Os Destacamentos de Fuzileiros Especiais tinham um número mais reduzido de efectivos, quase metade: inicialmente era composto por 75 homens. Seria pois uma força especializada treinadas para operar em terra e no mar contra a guerrilha enquanto as Companhias seriam vocacionadas para a defesa das instalações navais em terra e em embarcações mercantes nos portos e meios aquáticos, e no policiamento das águas costeiras. Os fuzileiros especiais eram a acção. Acções ofensivas de duração limitada; de assalto, patrulhamento ofensivo de águas costeiras e fluviais, isolada ou conjuntamente com outros ramos das forças armadas, como de resto veio acontecer mais tarde com o 4.º Destacamento em Angola.
Sabíamos, ou talvez não, a dificuldade e o risco da opção tomada mas nem por isso deixaríamos de ser fuzileiros especiais. Queríamos o sonho e a aventura e isso bastava-nos! Doravante, iríamos ter de mostrar as nossas capacidades para merecer a boina.
Foram várias semanas duras de instrução. Exercícios diários; travessias no lodo e túneis subterrâneos; circuitos de tarzan; luta corpo-a-corpo, com arma e baioneta; judo, boxe e natação (com fato macaco botas e arma); corridas e saltos; treinos de combate nas matas e serra da Arrábida e carreira de tiro com espingarda, metralhadoras, pistola, e lançamentos de granadas; assaltos e desembarques, com botes de borracha; corridas frequentes, com percursos na ordem de 15 quilómetros (itinerários, tipo, Escola de Vale de Zebro – Barreiro); escalada nas rochas, falésia do Portinho da Arrábida (subida de corda a pulso...); e ainda a famosa maratona de 50 km (Vale de Zebro – Santo António de Palhais – Castelo de Palmela). Finalmente a prova de sobrevivência: largados na calada da noite, num ponto desconhecido do País, vestidos com camuflados e alertadas as populações e as autoridades policiais para que, se nos vissem nos denunciassem porque tínhamos fugido ao embarque para a Guerra do Ultramar!...
Curso de Fuzileiros Especiais
Formação e mobilização do DFE nº 4 para Angola
Curso de Fuzileiros Especiais
Sempre uma aventura. Ir para fuzileiro especial – quis a mioria de nós. Quem não fosse voluntário ou não ficasse aprovado no Curso, ficaria como fuzileiro naval. Estes efectivos, com 140 homens, formariam as Companhias de Fuzileiros e fariam igualmente Comissões no Ultramar. Os Destacamentos de Fuzileiros Especiais tinham um número mais reduzido de efectivos, quase metade: inicialmente era composto por 75 homens. Seria pois uma força especializada treinadas para operar em terra e no mar contra a guerrilha enquanto as Companhias seriam vocacionadas para a defesa das instalações navais em terra e em embarcações mercantes nos portos e meios aquáticos, e no policiamento das águas costeiras. Os fuzileiros especiais eram a acção. Acções ofensivas de duração limitada; de assalto, patrulhamento ofensivo de águas costeiras e fluviais, isolada ou conjuntamente com outros ramos das forças armadas, como de resto veio acontecer mais tarde com o 4.º Destacamento em Angola.
Sabíamos, ou talvez não, a dificuldade e o risco da opção tomada mas nem por isso deixaríamos de ser fuzileiros especiais. Queríamos o sonho e a aventura e isso bastava-nos! Doravante, iríamos ter de mostrar as nossas capacidades para merecer a boina.
Foram várias semanas duras de instrução. Exercícios diários; travessias no lodo e túneis subterrâneos; circuitos de tarzan; luta corpo-a-corpo, com arma e baioneta; judo, boxe e natação (com fato macaco botas e arma); corridas e saltos; treinos de combate nas matas e serra da Arrábida e carreira de tiro com espingarda, metralhadoras, pistola, e lançamentos de granadas; assaltos e desembarques, com botes de borracha; corridas frequentes, com percursos na ordem de 15 quilómetros (itinerários, tipo, Escola de Vale de Zebro – Barreiro); escalada nas rochas, falésia do Portinho da Arrábida (subida de corda a pulso...); e ainda a famosa maratona de 50 km (Vale de Zebro – Santo António de Palhais – Castelo de Palmela). Finalmente a prova de sobrevivência: largados na calada da noite, num ponto desconhecido do País, vestidos com camuflados e alertadas as populações e as autoridades policiais para que, se nos vissem nos denunciassem porque tínhamos fugido ao embarque para a Guerra do Ultramar!...
Descida corda sem rede, Vale de Zebro e Serra da Arrábida .
Boa noite - Pessoal
ResponderEliminarTive o prazer ter sido FUZILEIRO ESPECIAL.
Fiz duas Comissões na GUINÉ, em Destacamentos.
Fui voluntário para a Classe de Fuzileiros, e para Fuzileiro Especial.Foi a minha primeira opção.
Sou do 18º. Curso - Com prova de sobrevivência.
Largado em Ponte de Sôr.
Um abraço
Jacaré