José Francisco e o tronco milagreiro
Numa ocasião, em que o José Francisco ia sozinho no bote, larga o manípulo do motor e pôs-se a urinar! O bote atira-o ao rio (...) e ele vai parar ao Congo em cima de um tronco de árvore à deriva! Quando o foram resgatar já ia quase no Posto da Quissanga... O tronco foi levado para a Macala e o José Francisco pintou-o de vermelho e verde, prestando deste modo uma homenagem e fidelidade à bandeira portuguesa. O autor da proeza, posteriormente a este relato, precisou alguns pormenores interessantes. Então, a história contada por ele começa assim:
No dia de São Martinho, dia 11/11/64, estando eu de serviço a torre de vigia do Posto do Tridente, no rio Zaire de Angola, o marinheiro 14 850, Faias, pediu-me para os ir levar de bote ao pé dos farol dos diamantes ou seja às bóias de sinalização existentes no canal de navegação do rio Zaire.
Saindo eu de serviço por volta das cinco da manhã já eles estavam (o Faia e supõe-se os outros elementos da esquadra) a minha espera e assim iniciamos o transporte do posto até às proximidades do Farol onde eles desembarcaram porque o regresso era a pé. Eu voltei só com o bote. A meio do percurso, por circunstâncias de haver alguns redemoinhos no rio, o bote deu uma guinada e eu caí a água. Como estava vestido de fato de macaco, tive que me libertar de tudo: desabotoar o cinturão onde estava o sabre, as cartucheiras com os carregadores e respectivas munições; desatar as botas e desapertar o fato de macaco, tudo de seguida... Mas cada vez que tirava uma coisa ia ao fundo...Quando terminei estava muito cansado! – Valeu-me um molho de papiros que vinha pelo rio abaixo. Só que quando passava por outro redemoinho ficava sem nada... Foi então que apareceu o dito pau milagreiro, que eu apanhei e nunca mais o larguei, e assim estou vivo e de boa saúde.
O pior – prossegue o José Francisco – : foi não haver autorização para andar só um elemento no bote; por isso foi-me dito: “ ou pagas o material todo ou és castigado”. Como eu estava a espera de ser promovido a marinheiro tive que optar por pagar o material e assim, no fim do mês, me descontaram tudo. Sei que as munições foram pagas a 12$50 cada uma, as outras coisas, não sei!
Este acontecimento foi notícia na rádio e teve as suas consequências como nos descreve o nosso camarada:... Foi noticiado às 7 horas da noite pela rádio Brazzaville que tinha caído um fuzileiro ao rio e por estas horas já deveria estar no fundo do rio. Eu estava a ouvir o noticiário e revoltado: trabalho dobrado, mais patrulhas, maior vigilância e patrulhas de reconhecimento pelos arredores do Posto porque eles estavam a controlar os nossos movimentos.
Numa ocasião, em que o José Francisco ia sozinho no bote, larga o manípulo do motor e pôs-se a urinar! O bote atira-o ao rio (...) e ele vai parar ao Congo em cima de um tronco de árvore à deriva! Quando o foram resgatar já ia quase no Posto da Quissanga... O tronco foi levado para a Macala e o José Francisco pintou-o de vermelho e verde, prestando deste modo uma homenagem e fidelidade à bandeira portuguesa. O autor da proeza, posteriormente a este relato, precisou alguns pormenores interessantes. Então, a história contada por ele começa assim:
No dia de São Martinho, dia 11/11/64, estando eu de serviço a torre de vigia do Posto do Tridente, no rio Zaire de Angola, o marinheiro 14 850, Faias, pediu-me para os ir levar de bote ao pé dos farol dos diamantes ou seja às bóias de sinalização existentes no canal de navegação do rio Zaire.
Saindo eu de serviço por volta das cinco da manhã já eles estavam (o Faia e supõe-se os outros elementos da esquadra) a minha espera e assim iniciamos o transporte do posto até às proximidades do Farol onde eles desembarcaram porque o regresso era a pé. Eu voltei só com o bote. A meio do percurso, por circunstâncias de haver alguns redemoinhos no rio, o bote deu uma guinada e eu caí a água. Como estava vestido de fato de macaco, tive que me libertar de tudo: desabotoar o cinturão onde estava o sabre, as cartucheiras com os carregadores e respectivas munições; desatar as botas e desapertar o fato de macaco, tudo de seguida... Mas cada vez que tirava uma coisa ia ao fundo...Quando terminei estava muito cansado! – Valeu-me um molho de papiros que vinha pelo rio abaixo. Só que quando passava por outro redemoinho ficava sem nada... Foi então que apareceu o dito pau milagreiro, que eu apanhei e nunca mais o larguei, e assim estou vivo e de boa saúde.
O pior – prossegue o José Francisco – : foi não haver autorização para andar só um elemento no bote; por isso foi-me dito: “ ou pagas o material todo ou és castigado”. Como eu estava a espera de ser promovido a marinheiro tive que optar por pagar o material e assim, no fim do mês, me descontaram tudo. Sei que as munições foram pagas a 12$50 cada uma, as outras coisas, não sei!
Este acontecimento foi notícia na rádio e teve as suas consequências como nos descreve o nosso camarada:... Foi noticiado às 7 horas da noite pela rádio Brazzaville que tinha caído um fuzileiro ao rio e por estas horas já deveria estar no fundo do rio. Eu estava a ouvir o noticiário e revoltado: trabalho dobrado, mais patrulhas, maior vigilância e patrulhas de reconhecimento pelos arredores do Posto porque eles estavam a controlar os nossos movimentos.
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