segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Notas à margem do Memorando (4)

Zé Alves e a Índia
O José Moreira Alves, conforme já foi referido no blogue Escola de Fuzileiros é natural da freguesia da Batalha, distrito de Leiria e nasceu em 1939. Em 1956 alistou-se na Armada (oriundo da fragata D. Fernando II e Glória).
Antes de ingressar no Curso de Fuzileiros Especiais, em 1962 (3º curso), era marinheiro artilheiro e esteve embarcado no Aviso N.R.P. João de Lisboa, e em missão na Índia e fiscalização nas lanchas Sirius, Veja, Antares e por fim no Aviso Afonso de Albuquerque. Como ele próprio relata, esteve em Goa e nas principais cidades: Pangim, Margão, Vasco da Gama e o Porto de Mormugão ( com o seu miradouro e cais de desembarque de Dnª Paula). Damão com o rio a dividir " Damão Grande e Damão Pequeno. Diu, com a sua Fortaleza a cercar a cidade e ainda as ilhas de Angediva e Simbôr. Não falando em Dadrá e Nagaraveli que também por lá passei. E ainda em Karachi, onde estive algum tempo em limpeza do N.R.P. João de Lisboa.








Só para relembrar, a Índia invadiu Damão, Goa e Diu no dia 17 e 18 de Dezembro de 1961, conforme descreve artigo da Revista da Armada (Acção da Marinha Durante a Invasão do Estado da Índia (1961) :









Na madrugada do dia 18 de Dezembro, o aviso de 1ª classe “Afonso de Albuquerque” encontrava-se fundeado em Mormugão. A sua guarnição entrara no regime de prevenção rigorosa no dia 8 desse mês (...).









Assegurando a presença naval portuguesa em Damão, a lancha de fiscalização “Antares”, sob o comando do 2º Tenente Fausto Morais de Brito e Abreu, tinha ordens semelhantes às da “Vega” para agir em caso de invasão do território.











Lancha de fiscalização Vega










Sacudida pelas explosões das suas próprias munições, a “Vega” acabaria, entretanto, por se afundar, arrastando consigo os corpos do heróico Comandante e do seu artilheiro.

No início de 1962, o “Afonso de Albuquerque” seria rebocado para Bombaim e, posteriormente, vendido para sucata...










As fotos aqui publicadas são alusivas a esse período e fase da vida do nosso camarada Alves nos fuzileiros e no DFE4. O nome de baptismo do Alves em Angola era o de Pacaça por causa do vício da caça e das histórias à sua volta!












Zé Alves (pose do cachimbo!)

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