Álvaro Elias Dionísio (1962)
Na ocasião, a leitura daquele livro impressionou-me bastante quer pelo seu dramatismo quer pela brutalidade da guerra e os danos materiais e humanos por ela provocados. O endurecimento dos próprios camaradas, em que a morte de uns tantos era motivo para uma refeição reforçada; o camarada moribundo - a quem lhe fora amputado uma perna – tem uma fila de feridos a espera que a sua cama vague e o amigo cobiçoso a espera das suas botas: podes ficar com as minhas botas... Como o próprio autor explica, esse endurecimento era uma forma de sobrevivência.
Passados 47 anos, alguém que tinha esse livro emprestou-me e voltei a lê-lo, agora com uma visão mais ampliada e consciente dos factos e da sua importância. Gostei imenso! Era bom que a humanidade e mundo banissem as guerras; ou então que os seus decisores e as personalidades envolvidas lutassem sozinhos…
A Oeste Nada de Novo
A Oeste Nada de Novo foi uma das minhas primeiras leituras quando iniciei a recruta em Março de 1962, na Escola de Fuzileiros em Vale de Zebro. O livro é da autoria de Erich Maria Remarque, nascido em 1898, na Alemanha, e falecido a 25 de Setembro de 1970. Aos 18 anos este escritor é alistado na infantaria do exército Alemão, durante a primeira guerra mundial.
A Oeste Nada de Novo foi uma das minhas primeiras leituras quando iniciei a recruta em Março de 1962, na Escola de Fuzileiros em Vale de Zebro. O livro é da autoria de Erich Maria Remarque, nascido em 1898, na Alemanha, e falecido a 25 de Setembro de 1970. Aos 18 anos este escritor é alistado na infantaria do exército Alemão, durante a primeira guerra mundial.
Foi ferido cinco vezes em combate e sempre reenviado para a linha da frente. Guardou dos anos de guerra a experiencia e a revolta que condimentaram a criação da sua obra A Oeste Nada de Novo. É um testemunho pungente e ao mesmo tempo um acto de acusação contra a guerra em que o autor relata o que viu, sentiu e sofreu. Foi um sucesso de vendas: atingiu 20.000 exemplares num dia e um milhão ao fim de um ano. Com a subida dos nazis ao puder, os livros de Remarque (A Centelha da Vida, Tempo para Amar e Tempo para Morrer, O Céu não Tem Favoritos e Uma Noite em Lisboa) são proibidos e o livro A Oeste Nada de Novo queimado em público, em auto-de-fé, como um livro anti-alemão e anti-nacional-socialista. No verão de 1939 Remarque deixa a Europa e vai viver para os Estados Unidos.
Na ocasião, a leitura daquele livro impressionou-me bastante quer pelo seu dramatismo quer pela brutalidade da guerra e os danos materiais e humanos por ela provocados. O endurecimento dos próprios camaradas, em que a morte de uns tantos era motivo para uma refeição reforçada; o camarada moribundo - a quem lhe fora amputado uma perna – tem uma fila de feridos a espera que a sua cama vague e o amigo cobiçoso a espera das suas botas: podes ficar com as minhas botas... Como o próprio autor explica, esse endurecimento era uma forma de sobrevivência.
Passados 47 anos, alguém que tinha esse livro emprestou-me e voltei a lê-lo, agora com uma visão mais ampliada e consciente dos factos e da sua importância. Gostei imenso! Era bom que a humanidade e mundo banissem as guerras; ou então que os seus decisores e as personalidades envolvidas lutassem sozinhos…
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