Acidentes e mortes em campanha
Um dos alertas ou avisos do Comandante Pascoal Rodrigues antes de partirmos para Angola foi: …meus senhores, é muito provável que alguns de nós que agora vão em missão para Angola não regressem. Temos que estar preparados para isso!... Infelizmente, não regressaram todos: dois camaradas morreram em campanha e outro perdeu uma mão.
Estávamos ainda no Posto da Macala quando tivemos a notícia que o 2.º grumete FZE, nº 16 607 – Libânio da Silva Amorim iria para ordenança de um oficial do 6.º Destacamento. Numa das operações do DFE6, em conjunto com a Companhia de Caçadores na região dos Dembos, em Abril de 1964, o Libânio Amorim foi gravemente ferido e morreu quando tentou socorrer o tenente Correia de Barros, também ferido. O 2º grumete, nº 16 620, Manuel B.F. Ribeiro também morreu em Campanha. Estava com baixa por doença em Santo António do Zaire e pediu alta médica para regressar aos Postos. Quem na ocasião intercedeu junto do médico para formulação da «alta» foi o Armando Ivo Bessa Bré. Em má hora o Manuel Ribeiro decidiu regressar aos Postos. A lancha que o transportava, a «Desejada», levava também militares do exército para o Quartel de Nóqui, tendo sido misteriosamente abalroada por um navio. Desse abalroamento resultou a morte de vários militares, talvez uma dezena, dois tripulantes da lancha e a do nosso camarada Ribeiro. O seu corpo só cerca de 15 depois foi encontrado. Já em estado de decomposição e irreconhecível veio a ser identificado pelo camarada Bré que fazia serviço de enfermagem em Santo António do Zaire. A identificação só foi possível através do número inscrito na extremidade do cinto que prendia as calças (parte metálica). Esta ocorrência é do conhecimento geral de todos camaradas à época e dos registos que certamente foram feitos. Apesar disso, o seu nome não consta inscrito nos locais apropriados do Museu do Corpo de Fuzileiros, junto aos outros camaradas também perecidos.
O José Afonso Neto, Marinheiro FZE, numa operação de patrulhamento no rio Chiloango, ao sentir uma guinada brusca da embarcação (lancha Lué Grande) viu que tinha caído uma granada de mão do cinto de um camarada, António Pereira, 16 272, já desencavilhada e prestes a rebentar. Perante o perigo iminente de explosão dentro da embarcação e de todo o pessoal, agarrou-a para lançar fora e esta rebentou-lhe na mão direita, tendo ficado sem ela.
Um dos alertas ou avisos do Comandante Pascoal Rodrigues antes de partirmos para Angola foi: …meus senhores, é muito provável que alguns de nós que agora vão em missão para Angola não regressem. Temos que estar preparados para isso!... Infelizmente, não regressaram todos: dois camaradas morreram em campanha e outro perdeu uma mão.
Estávamos ainda no Posto da Macala quando tivemos a notícia que o 2.º grumete FZE, nº 16 607 – Libânio da Silva Amorim iria para ordenança de um oficial do 6.º Destacamento. Numa das operações do DFE6, em conjunto com a Companhia de Caçadores na região dos Dembos, em Abril de 1964, o Libânio Amorim foi gravemente ferido e morreu quando tentou socorrer o tenente Correia de Barros, também ferido. O 2º grumete, nº 16 620, Manuel B.F. Ribeiro também morreu em Campanha. Estava com baixa por doença em Santo António do Zaire e pediu alta médica para regressar aos Postos. Quem na ocasião intercedeu junto do médico para formulação da «alta» foi o Armando Ivo Bessa Bré. Em má hora o Manuel Ribeiro decidiu regressar aos Postos. A lancha que o transportava, a «Desejada», levava também militares do exército para o Quartel de Nóqui, tendo sido misteriosamente abalroada por um navio. Desse abalroamento resultou a morte de vários militares, talvez uma dezena, dois tripulantes da lancha e a do nosso camarada Ribeiro. O seu corpo só cerca de 15 depois foi encontrado. Já em estado de decomposição e irreconhecível veio a ser identificado pelo camarada Bré que fazia serviço de enfermagem em Santo António do Zaire. A identificação só foi possível através do número inscrito na extremidade do cinto que prendia as calças (parte metálica). Esta ocorrência é do conhecimento geral de todos camaradas à época e dos registos que certamente foram feitos. Apesar disso, o seu nome não consta inscrito nos locais apropriados do Museu do Corpo de Fuzileiros, junto aos outros camaradas também perecidos.
O José Afonso Neto, Marinheiro FZE, numa operação de patrulhamento no rio Chiloango, ao sentir uma guinada brusca da embarcação (lancha Lué Grande) viu que tinha caído uma granada de mão do cinto de um camarada, António Pereira, 16 272, já desencavilhada e prestes a rebentar. Perante o perigo iminente de explosão dentro da embarcação e de todo o pessoal, agarrou-a para lançar fora e esta rebentou-lhe na mão direita, tendo ficado sem ela.
Libânio Amorim / Manuel Ribeiro (16620) / José Neto
Sem comentários:
Enviar um comentário